Estou em fase final de minha mudança...esses dias têm sido só stress, mas falta pouquinho para ver a casa quase pronta. Somente ontem instalaram meu telefone e hoje já começam as aulas na faculdade.
Ah ! Mais uma vez, muitissimo obrigada à todas as mensagens e post´s que encontrei à época do meu aniversário. Muito obrigada mesmo. Do fundo do meu coração!
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As vezes fico passadérrima quando vejo, ouço, leio, sinto àquele tom e àquele papo cansativo pacas de "inhas" e "inhos" que ficam se menosprezando por sua condição socio-economica-racial e ainda tentam nos culpar por suas mazelas.
Dia desses, escutei uma moçoila reclamar de sua condição racial e social. Caraca...que papo chato! Parecia uma ONG de biquini defendendo sei lá o que na vida. Sobrou até para o cara do sorvete que nem deu bola para o balançar de suas mãozinhas no ar - coitado do cara do sorvete, a água no deserto - muita gente para atender. "Ele não vem me atender porque sou preta, se fosse branquinha ele vinha me atender". Ela esbraveja após ver o cara dando atenção e vendendo seus sorvetes à uma rapaziada dourada. A moça era uma revoltada racial - tadinha.
Putz...mas muito simpática que sou (hehehehehe) me aproximei da moçoila com o velho papo do "me empresta o teu isqueiro?" e papo vai e papo vem mandei a real de forma divertida em alto e bom tom.
- Minha filha, veja bem: já que você tocou tanto no tom de sua pele, então, que tal agradecer por você ser negra e ter raça definida? Você é negra e uma belíssima negra! E eu que sou viralata? Minha certidão de nascimento está parda. Agora me diga: o que é ser um ser pardo? Para euzinha estar aqui sentada do teu lado, o Alto Xingu teve que bater tambor, os portugueses tiveram que descobrir as indias. Algumas indias tiveram que comer uns portugueses. Sou filha de nordestinos; neta de portugueses e indios; bisneta de portugueses, indios; tataraneta de portugues, japoneses e indios. Enfim, sou a própria mistureba surubenta racial - no dia que meu DNA surgiu Sodoma e Gomorra tiveram o perdão de seus pecados. Então, pára com esse papo chato e vai à luta minha filha! Poderia usar o sistema de cotas a meu favor, afinal, sou parda; mas sempre fiz provas que testassem a minha inteligência e o grau de dedicação aos estudos e não o tom de minha pele.
E os negros, indios, brancos, amarelos, viralatas, gays, lésbicas, heteros, teens, papais, mamães e vovós ovacionaram essa que vos fala. Afinal, impossível estar inaudível à turba de biquinis e calções de ouvidos e olhares atentos; só faltou mesmo um palanque montado com pranchas de surf e engradados de cerveja.
Faça-me o favor, cansa gente que só faz reclamar da vida e nada faz para mudar e culpa tudo, menos o CUrriculum Vitae desatualizadissimo em cursos e especializações. É igualzinha àquela velha história da mulher que é chifrada o tempo todo, sabe que é chifrada pelo marido galinhão e reclama o tempo todo do marido sem nada fazer para mudar a situação - disco de vinil arranhado.
"Hello darlingzinha...O mercado de trabalho tem dentes de tubarão e goela de Moby Dick prontinho para te dar uma mordidinha e te engolir enquanto fica-se perdendo tempo divagando sobre o sistema e o preconceito velado dos brasileiros. Tem que correr muito atrás se quiser vencer, ser o diferencial no meio dos comuns que são despejados semestralmente pelas universidades - todos somos iguais diante de uma prova de concurso ou de um exame de OAB que anda reprovando 80% dos candidatos. Qual o seu diferencial na disputa mercadológica, o que te faz destacar? Nome de instituição acadêmica até facilita, abre portas para uma entrevista, mas não é pré-requisito para empregabilidade. Enquanto você passa a vida reclamando que é preta e não tem oportunidade, o branquinho pobre tá correndo atrás, fazendo cursos gratuitos, se especializando e tirando a tua vaga em algum lugar mundo a fora". Encerrei assim meu raciocínio com a bela moçoila revoltada por sua condição socio-economica-racial.
Tudo bem...a moçoila se levantou muito fula, colocou a canga entre as pernas e foi sentar próxima aos gringos. Juro!!! Não entendi o motivo dela ter ido embora tão rapidamente. Será que a dança de cadeiras de praia foi apenas porque eles não entenderiam o que ela estava resmungando?
Gente complicada...eu hein!?! Daqui a pouco a culpa vai ser do IOF. Isso me fez relembrar um velho texto, nos primórdios do blog - "Tudo se repete aos domingos".
***** Pai Xoxó! Não arrumo emprego, será que tenho algum encosto, alguém fez um trabalho para mim, estou com olho gordo meu pai?
B = Ouço uma voz me dizer que você precisa de uma reciclagem.
Valei-me Mago Heitor Caolho! E-pê-pe-ó!
**** Defendo sempre a tese de que, para algumas profissões, esse é um país que necessita de técnicos e não de bacharéis desempregados.
5 comentários:
moça estressada, e tu tens razão em partes. mas que o preconceito existe, e situações onde a pessoa é preterida por ser negra, mulher, gay ou seja lá o que for que sair fora do padrão branco, rico, hetero, homem, é inegável. e o pior, mais comum do que costumamos imaginar.
mas lógico que sair esbravejando com qualquer um na rua não resolve xD
Repetindo um colega negrão, que por acaso foi colega de faculdade:
- Eu não gosto destes negros e racistas!
O que é um ser viralata? Esse tom moreninho lindo que você tem.
Olha! Acho desprezivel os ditos "minoria" se sentirem minoria. Todos deveriam saber que a maior barreira está na educação, na especialização. Não quero um funcionário que fale inglês. Quero um funcionário que fale inglês, francês e chinês. Não busco um cara que tenha apenas o segundo grau, mas busco um cara que tenha o segundo grau técnico.
EDUCAÇÃO é o problema desse país e desse povo que ainda vive no período colonial.
beijos querida
Pedro disse tudo
EDUCAÇÃO é a palavra chave.
TATI
Beth, outro dia no escritório saiu esse papo da 'desigualdade social'. Confesso que, nem entro mais nessa de fazer qq. comments, pois, sempre acaba em briga. O que eu acho realmente disso é, qto. mais mexe mais fede. Esse fato que vc. comentou 'Ele não me atende porque sou negrinha, se fosse branquinha...' já deu o que tinha que dar. Como advogada minha conclusão é: direito demais é perigoso, faz com que as pessoas fiquem neuróticas. O menos sempre é mais e melhor. Direito para as minorias é direito só no papel. O que vale mesmo são as nossas atitudes. Bjs
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