Rita era uma conhecida que só chorava as mazelas derramadas de suas relações amorosas, mas vendo que os conselhos não mais adiantavam, então, disse que era necessário ela chegar ao fundo do poço de sua moral para poder enxergar que ainda havia luz no final do corredor, e ai sim, pedir socorro. São coisas que só quem está no olho do furacão pode resolver; o amor próprio que ainda nos resta pode salvar. “Ah, mas você fala sem propriedade de causa”, me dizia sempre minha amiga chorosa. Mas quem disse? Já vi uma janela se desmanchar na minha frente por causa de uma crise de ciúmes e também já mudei de cidade para fugir do tal ex-noivo psicopata apaixonado. São coisas que faz a gente parar e pensar num futuro que passa diante dos nossos olhos em questão de segundos. Bendita janela que mostrou o quanto frágil seria a minha vida matrimonial. Bem, acabei cancelando um casamento com exato um mês antes de acontecer. Valeria a pena? Só por causa de convenções, filhos, família, sociedade, casa bonita, carro do ano? Bem, os anos me mostraram que não, afinal, ele já está no quarto casamento. Ufa! Me livrei de uma boa hein?
Para meus doces leitores chorosos que me deram o feedback do texto, só me resta linkar Mario Quintana, afinal, foi num desses momentos chorosos que minha nobre amiga - de terras longiquas, mas de céu azul - me enviou esse lindo texto, enfim, mandou a peça que faltava para montar o quebra-cabeça. Já conhecia partes do belissimo texto... lê-lo em sua íntegra, é melhor ainda.
2 comentários:
Sorriso e abraço pra vc, iluminada Beth Dory!
Tudo se repete. Esqueceu doce Dory?
Imagino quantos de nós estão se repetindo em nós?
Faz parrrrrrrrrrte da alma humana.
beijão
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