Candidato a concurso público, é uma figura bizarra e esquisita. A confirmação da tua inscrição diz para levar caneta preta, apesar de que, a CESPE/UNB andou inovando. Eles disseram: levar caneta transparente de cor preta.
Ai, o candidato muito mané que é...nunca leva o raio da caneta preta; sempre vai contando que no local da prova haverão vários vendedores vendendo canetas pretas. No entanto, desta vez, ninguém avisou aos vendedores que naquele determinado local haveriam provas a serem feitas, aliás, aquele domingo no Rio de Janeiro foi tipico de praianos e dos concurseiros. Era concurso para tudo quanto é lugar. Os vendedores de canetas deveriam estar concentrados em outros lugares, deixando lacunas em outros tantos.
E eu não fiquei atras da turba de manés. Não levei a caneta preta e logo pude visualizar que teria que correr alguns metros atrás de uma caneta preta. Tudo bem, eu e a galera do Flamengo corremos atrás de canetas na padaria, era o único lugar que tinha. Acho que o Seu Manoel da padaria faturou mais em canetas do que em pão.
Mas bizarro mesmo é na hora da prova, minutos antes da prova, antes do assovio soar. Assovio? Sim, no meu local de prova não haviam sinais, sirenes, alarmes...um fiscal assoviu e foi um assovio daqueles, de acordar quarteirão. Mas, antes que o assovio soasse, uma candidata metidona e marrentona, argumentou à fiscal:
- Minha caneta é preta.
- Mas não é transparente.
- É sim...o roxo é transparente e ela é preta.
- Não é transparente.
- É.
- Não é. E se quiser arriscar, o problema é seu. Pode perder a prova, ser desclassificada.
E a candidata muito revoltada, saiu resmungando para comprar a caneta transparetente de cor preta. Aliás, ela e outra parte da torcida do Flamengo que só aguardavam o embate final entre a fiscal e a candidata.
Meu Deus!! não seria mais fácil o edital falar: tragam caneta transparente, de cor preta, da marca BIC. Afinal, há alguma outra marca mais conhecida pela turba de concursos públicos. Essa BIC fatura heim??
Resultado do concurso: sei lá...ainda não saiu. Mas não tenho muito o que esperar de um concurso com 900 candidatos por vaga e que não estudei porra nenhuma, principalmente com raciocínio lógico no meio. Me ferrei mesmo foi em Direito Material e Processual do Trabalho...afinal, me apresentem um civilista apaixonado por administrativo, constitucional e que adora Direito do Trabalho. Te darei um beijo na boca e um queijo de minas.
Ao final, sempre me lembrarei do meu professor de Direito Administrativo que nos fez uma pergunta que caiu na prova da magistratura e ninguém soube responder. "Qual a natureza juridica de um túmulo?". Se não estudar leva pau. Isso é que dá namorar o professor que era juiz do trabalho e não ficar prestando atenção nas aulas e sim nos olhos azuis dele. E pasmem. Ele ainda me reprovou, não deu mole só porque eu era namorada dele.
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