sábado, 21 de junho de 2008

Redações premiadas

Bonita, inteligente, dançarina e uma das vencedoras de um concurso promovido pela Unesco que trouxe o tema: Como Vencer a Pobreza e a Desigualdade. O texto abaixo foi considerado um dos cinco melhores, num universo de 50 mil concorrentes. Essa é Clarice Zeitel Vianna Silva, 26 anos, estudante de direito, dançarina do caldeirão do Huck. Talvez, o pré-requisito de ser dançarina tenha chamado a atenção da mídia para o concurso promovido pela UNESCO. E ainda bem...pois não só o tema desenvolvido por Clarice é muito bom, como os demais apresentados também o são.

E quem disse que mulher bonita não pensa? O texto de Clarice e de outros estão no Site da Biblioteca da Unesco (clique aqui - em pdf). Aliás, a Unesco possui um portal excelente e que disponibiliza documentos e publicações interessantissimas;  é uma excelente fonte de pesquisa e informação. Vale a pena conhecer os textos publicados, do qual Clarice foi uma das premiadas e que soma um total  de 100 trabalhos de redação.

Passei parte da manhã lendo algumas dessas redações, e uma observação que faço é de que não precisa usar termos rebuscados, vocabulários técnicos para se fazer entender, passar uma idéia, um raciocínio em um tema complicado e ainda bastante discutido em sociedade. Basta apenas dominar a matéria, ou buscar informações sobre o assunto.

Não é tão dificil falar do Estado e para o Estado, ou para seus agentes que dele fazem parte. A filosofia e sociologia se irmanam no objetivo primaz do Estado: o bem comum. Portanto, temos que ser críticos, cobrando do Estado o resultado desses objetivos, pois para isso ele foi criado.

Os textos que li, são apresentados de forma concisa, simples e muitas vezes numa linguagem coloquial. Vale muito a pena, conhecer a idéia desses estudantes.

Clarice Zeitel Vianna Silva
UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro – Rio de Janeiro – RJ

PÁTRIA MADRASTA VIL


Onde já se viu tanto excesso de falta? Abundância de inexistência... Exagero de escassez... Contraditórios?? Então aí está! O novo nome do nosso país! Não pode haver sinônimo melhor para BRASIL.

Porque o Brasil nada mais é do que o excesso de falta de caráter, a abundância de inexistência de solidariedade, o exagero de escassez de responsabilidade. O Brasil nada mais é do que uma combinação mal engendrada – e friamente sistematizada – de contradições.

Há quem diga que "dos filhos deste solo és mãe gentil.", mas eu digo que não é gentil e, muito menos, mãe. Pela definição que eu conheço de MÃE, o Brasil está mais para madrasta vil.

A minha mãe não "tapa o sol com a peneira". Não me daria, por exemplo, um lugar na universidade sem ter-me dado uma bela formação básica. E mesmo há 200 anos atrás não me aboliria da escravidão se soubesse que me restaria a liberdade apenas para morrer de fome. Porque a minha mãe não iria querer me enganar, iludir. Ela me daria um verdadeiro PACote que fosse efetivo na resolução do problema, e que contivesse educação + liberdade + igualdade. Ela sabe que de nada me adianta ter educação pela metade, ou tê-la aprisionada pela falta de oportunidade, pela falta de escolha, acorrentada pela minha voz-nada-ativa. A minha mãe sabe que eu só vou crescer se a minha educação gerar liberdade e esta, por fim, igualdade. Uma segue a outra... Sem nenhuma contradição!

É disso que o Brasil precisa: mudanças estruturais, revolucionárias, que quebrem esse sistema-esquema social montado; mudanças que não sejam hipócritas, mudanças que transformem! A mudança que nada muda é só mais uma contradição. Os governantes (às vezes) dão uns peixinhos, mas não ensinam a pescar. E a educação libertadora entra aí. O povo está tão paralisado pela ignorância que não sabe a que tem direito. Não aprendeu o que é ser cidadão.

Porém, ainda nos falta um fator fundamental para o alcance da igualdade: nossa participação efetiva; as mudanças dentro do corpo burocrático do Estado não modificam a estrutura. As classes média e alta – tão confortavelmente situadas na pirâmide social – terão que fazer mais do que reclamar (o que só serve mesmo para aliviar nossa culpa)... Mas estão elas preparadas para isso?

Eu acredito profundamente que só uma revolução estrutural, feita de dentro pra fora e que não exclua nada nem ninguém de seus efeitos, possa acabar com a pobreza e desigualdade no Brasil. Afinal, de que serve um governo que não administra? De que serve uma mãe que não afaga? E, finalmente, de que serve um Homem que não se posiciona? Talvez o sentido de nossa própria existência esteja ligado, justamente, a um posicionamento perante o mundo como um todo. Sem egoísmo. Cada um por todos...

Algumas perguntas, quando auto-indagadas, se tornam elucidativas. Pergunte-se: quero ser pobre no Brasil? Filho de uma mãe gentil ou de uma madrasta vil? Ser tratado como cidadão ou excluído? Como gente... Ou como bicho?

Fonte: G1 / Unesco

34 comentários:

Ela disse...

Valeu mesmo pela dica. Não conhecia o site da UNESCO, é de uma grandiosidade fantástica.
O texto?

Digno de premiação.

Anônimo disse...

Beth belos sorrisos para uma bela dica...tambem gosto de linguagem simples...acho chato textos que usam muitas palavras pouco usáveis e pouco coloquiais...muito bom mesmo o texto da Clarice Zeittel...


bjs e bom fim de semana...tá rolando festas juninas...Feliz São João!

Unknown disse...

Sempre haverá uma garotada que nos orgulha com seus textos. Muito bom. Visitei e li alguns.
beijão gatona

Ferluchesi disse...

Oi, tudo bem??

E muito facil dizer estas palavras vis contra o Brasil, sem conhecer o que se passa aqui na Europa, ao menos no Brasil o povo tem algum conhecimento do que acontece na politica e economia, enquanto que aqui na Europa eles escondem tudo e so mostram o que e bom ou o que interessa a eles, mostrando ao mundo que eles sao primeiro mundo.
Eu convido ela e tambem todos que pensam mal do Brasil a virem morar aqui e ver o que acontece com pessoas nas macas nos corredores, pessoas indo 3 vezes no medico antes de qualquer exame e hospital com infeccao hospitalar que eles nem sabem por onde comecar para acabar com isso.
Fora que o prefeito de Londres hj e um louco que so tem ideias mirabolantes, pior que um Cesar Maia.
E so um pouquinho do que sabemos aqui e lemos nos pequenos artigos nos jornais e que os veiculos brasileiros nao publicam ai!!!!



Por favor, repasse este desabafo a seus amigos se alcancar a autora seria otimo, porque ela foi a Paris receber o premio e acredito que so mostraram pra ela o lado bom da coisa como sempre

Anônimo disse...

Isso me causa muita tristeza. Ja pensou que vao ficar registradas nas paginas desse livro da UNESCO todas coisas horrorosas que essa menina esta dizendo sobre o Brasil. Essa zinha precisava viver um tempo aqui nos EUA, por exemplo, para ver que ter igualdade economica nao significa ter igualdade cultural ou mesmo social. O ensino de primeiro e segundo grau aqui e gratuito (e uma merda, pq o sistema e mudar o moleque para uma escola inferior se ele nao consegue passar de ano nas melhores)...e depois disso, muitos deles PARAM TOTALMENTE de estudar por motivos diversos:
1) Falta de grana para pagar a faculdade que passa e muito do preco que a gente paga por uma escola particular para preparar nossos filhos para frequentarem universidades gratuitas tao boas quanto a UFRJ (que, diga-se de passagem, nao deixa a desejar em nada comparada com uma Harvard, Berkley ou Yales da vida).
2) Sabem que podem sobreviver, pagar casa propria e ter carro sem ter que se matar fazendo 6 anos de faculdade. Sendo bocais ja da para o gasto.
3) Nao desenvolvem o pensamento critico que a nossa jovem ai conseguiu (apesar de todas as desigualdades) porque nao dao o menor valor a toda (em excesso) informacao que recebem...veem um monte de coisa, mas descartam com a mesma facilidade que veem. Se nao e para gerar lucro, pra que pensar? Ou seja: simplesmente NAO VALORIZAM O CONHECIMENTO.

Se essa criaturinha ai tivesse esse cenario, talvez fosse capaz de escrever uma outra redacao, que ficasse registrada nas paginas da UNESCO, metendo a boca no desperdicio de oportunidades e no nao desenvolvimento de uma IGUALDADE verdadeira por pura FALTA DE VONTADE, e consequente incapacidade de questionar esse tipo de coisa. No Brasil, pelo menos ate vendedor de mate sabe discutir sobre desigualdade. Aqui, arrisca os PhD nao saberem nem do que v. ta falando...Fala serio.

Ja estou mandando esta msg para todas as pessoas para quem v. mandou este e-mail e, na verdade, queria muito que essa tal Clarisse (que se diz Vianna, mas espero nao ser parente minha) lesse isso tambem...ah se eu tivesse o contato dela!!! Chega de ficar falando tao mal do Brasil para o resto do mundo, gente! Se a gente se deprecia, isso ja e meio caminho pra todo mundo acreditar que a gente e merda mesmo...o Brasil tem muuuuuuuitas, mas muitas mesmo, coisas muuuuiiiito boas. Pena que muita gente so descobre (assim como eu) atraves de duros caminhos. A menina pode escrever bem, mas devia tomar cuidado com o que fala.

Djegovsky disse...

Essa premiação da Unesco é uma piada. O texto é de baixíssima qualidade, parece uma redação de adolescente revoltado no colégio.

Anônimo disse...

Heloisa e djegovsky .... obrigada pela opinião de vocês. Legal essas discussões construtivas. Escolhi o texto de Clarice para ilustrar o post por ter sido noticia na midia e para divulgar as outras redações que ali foram premiadas. Mas logo depois coloquei um post a pedido de Ferluchesi falando de sua indignação em relação a postura de Clarice.


bjs

Unknown disse...

Qual a proposta concreta descrita nesta redação de nível universitário?
A meu ver, o brasil precisa basicamente de EDUCAÇÃO. Na época que estudei, tinha várias matérias que considero de fundamental importância para o crescimento de um povo que saíram da pauta escolar do ensino a mais de 20 anos. São estas: filosofia, sociologia, educação moral e cívica, educação artística, e cultura religiosa. Estas matérias ensinam o povo a pensar, regras de convivência social, artes desenvolvem o intelecto, moral e cívica e religião ajudam no comportamento e na ordem da nação. Foi graças a elas, que aprendi a pegar um texto, ou um fato, e analisar com olhos críticos e emitir uma opinião a respeito das coisas. A ausência destas matérias , torna o povo um ‘Maria-vai-com-as-outras’ Istoé , repete o lêem nos jornais ou ouvem na televisão sem refletir, analisar pesquisar e entender o que viram ou ouviram. Esta mudança na grade de ensino, já deu o efeito esperado por sugeriu e conduziu esta reforma no Brasil, Você sabe que foi? Foi justamente a Unesco, que hoje vem premiar quem fala mal sem propor soluções.
O que esta jovem propôs para combater a pobreza e a desigualdade?
O que quer dizer “Eu acredito profundamente que só uma revolução estrutural, feita de dentro pra fora e que não exclua nada nem ninguém de seus efeitos, possa acabar com a pobreza e desigualdade no Brasil”
A autora não oferece nem ao menos da uma idéia de quais mudanças são necessárias: Seria nas leis? Na saúde? Na economia? Na religião? Na administração publica? Na justiça?
Ela só diz que é preciso mudar, mas não dá a menor pista do caminho.
É isto que este órgão internacional vem premiar no Brasil: Quem denegrida a imagem da nação e não propõe nada de concreto.
Parabéns UNESCO, você conseguiu fazer do Brasil um povo que não pensa, e hoje vem dançar sobre o cadáver que fez! Zombar do povo brasileiro, Premiando uma redação tão vazia de conteúdo e propostas, nada em conformidade co o que pedia o tema.
Ao meu ver, qualquer redação feita por aluno de primeiro grau que escrevesse uma única linha com qualquer proposta concreta boa ou ruim, seria mais merecedora do premio do que esta que nada sugere, feita por uma pessoa de 26 anos. Numa única frase, não haveria espaço para contradições, como dizer que é a favor da liberdade e da igualdade, e ao mesmo tempo criticar a abolição dos escravos no Brasil.

Anônimo disse...

Tomara que ela tenha uma brilhante carreira como dançarina!

Unknown disse...

Parabéns à Clarice por colocar em evidência, mais uma vez, a qualidade da cultura e educação do Brasil. Se foi premiado em nível mundial, muito provavelmente tem qualidade superior, e se tem qualidade não foi num passe de mágica que se construiu essa capacidade de escrever.
Em relação ao conteúdo, fica evidente que ainda falta modificar a mentalidade das pessoas do mundo inteiro e as revoluções necessárias são mais internas que a própria Clarice proferiu.
Falta, principalmente, a consciência de que cada um de nós pode ajudar a resolver os problemas que já existem, e clamar por novos problemas ou gritar ao mundo inteiro que o Brasil temos problemas, o que todos já sabemos, não resolve.
Ouso parodiar um grande estadista americano ao dizer:
"não pergunte o que o Brasil fará por você. Veja o que você pode fazer por você e pelo Brasil".
Que tal compartilhar nossas idéias maravilhosas e assim construir soluções para melhorar esse país.
Eu optei por um trabalho voluntário que é o de ensinar crianças e adolescentes carentes.

Um abraço

Anônimo disse...

O pior inimigo do povo brasileiro é a demagogia sem sentido, como é o caso da disseminação nas escolas e faculdades do preconceito ideológico que impede a implantação do Ensino Universitário Público Pago. A gratuidade indiscriminada favorece os que podem pagar, que utilizam boas escolas de base para que seus filhos estudem de graça nas universidades públicas, onde os professores ganham várias vezes mais que os do ensino fundamental e médio. Os pobres estudam em escolas de base públicas, em boa parte ruins, e trabalham para pagar o ensino superior em faculdade particular de segunda linha, limitando-os no mercado competitivo. Quem pode, que pague e contribua para que outro estude; quem não pode, que receba bolsa reembolsável e pague quando puder. Nos países que adotaram este modelo, as desigualdades sociais diminuiram muito, pelo simples fato de que os recursos para investimentos para a multiplicação das vagas é muito maior. Nos EUA, todo ano formam-se 18 milhões de alunos de curso superior, contra pouco mais de 1,5 milhão de alunos no Brasil. Isso porque temos de contar com as faculdades privadas que geram mais vagas que o Estado. Só que elas se proliferaram às custas de quem sofre muito para pagar. Até a China já adotou o modelo anglo-americano, em 1998. Com o rico financiando o pobre, em poucas décadas não haverá mais pobres porque o ciclo se completará. Com povo esclarecido e estudado, os empregos formais crescerão exponencialmente, porque a verdadeira riqueza de um povo não está logo abaixo de pés - na terra e nos seus recursos naturais -, mas, sim, logo abaixo de seus cabelos, na massa cinzenta que ele carrega. Porém, enquanto no Brasil tivermos ensino universitário público com a gratuidade indiscriminada, com várias universidades públicas inúteis e com despesas extraordinárias; corporativismo doentio; com baixos salários no ensino de base, sem valorizar o mérito de alunos e professores, seremos eternamente um País do Futuro.

Anônimo disse...

É interessante como a maioria de nós olha a forma, sem buscar a essência das coisas...
Não tenho conhecimento para fazer uma avaliação crítica do texto, apesar de tê-lo achada com uma boa bossa, bem gingado).
Quanto a opinião expressada não sei se concordo com a questão sobre "o lado ruim" do Brasil que foi apresentado.
É uma opinião; apenas isso.
Realmente há muito poucas pessoas que conseguem olhar e enxergar a realidade...
Somos um dos países mais ricos do mundo. Um raro país que possui a maior riqueza da Terra, que é a Água e o Sol... e, nem nós nem nossos governantes, parecem se dar conta desse precioso Capital.
Quem sabe com esse texto a estudante consiga fazer marolas suficientes para que algo comece a mudar...

Anônimo disse...

Nossa???!!! muita gente participando de uma discussão sobre uma redação!!! Legal, o Brasil está mudando mesmo.
Porém concordo quanto ao texto de Clarice ser extremamente fraco e de uma explosão juvenil. Falar mal do País, não é pecado, pois, para muitos paupérrimos, esta é única oportunidade para chamar a atenção dos governantes. Pecado mesmo é não apontar os culpados pela existência desta madastra vil, as elites nacionais que sugam além da alma, o corpo, o espirito e mais alguma coisa do povo, e ainda dizem que o brasileiro trabalha pouco, o elitizinha hipócrita.
Outro detalhe nestes comentários, chamam-me a atenção: quem disse que os EUA são modelo de país justo, igualitário, democráticoe bom de se viver??? Vocês nunca ouviram falar em demagogia ideológica dominante? A propaganda dos USA foi durante a "Guerra Fria" para evitar que países do terceiro mundo enveredassem pelo socialismo, que diga-se de passagem, nunca existiu em lugar nenhum do mundo, apenas tentativas de construção dele. Assim, comparar Brasil com EUA é ridículo e igenuamente desproporcional.
Por último, espero que o discurso do "Welfare state" , o qual prega o ensino público pago, jamais iluda nosso povo, pois, esta concepção de sociedade é sedutora, mas, extremamente elitista, burguesa, anti-popular e sínica. Chegam ao absurdo de pregar que é bom para o pobre manter um convívio com os mais ricos para aprenderem novos ideais (sic), triste e pavoroso.

Anônimo disse...

Essa discussão sobre o tema Redação está interessante quando observamos o desinteresse geral, da maioria, por temas desse tipo. Parabéns aos comentaristas e a autora do texto, do blog.
Discordo da opinião de comentarista Heloisa quando diz que Clarice ´disse coisas horroras sobre o Brasil´. Não vejo dessa forma. A estudante não fala mal de um pais propositadamente. Ela, dentro do seu universo, colocou no seu modo de interpretar, o momento atual (que parece nunca mudar) de um pais que em muito se vê envolto em escândalos, violência, falta de interesse e investimentos em algumas esferas governamentais; pois são noticias desse tipo que chegam para a grande maioria de nossa população.
A grosso modo - não li todas as redações - muito interessante nossos estudantes expressarem um sentimento, uma indignação, uma visão que acabam por se tornar um exercicio de cidadania. E com a UNESCO incentivando, através desse projeto, esse engajamento de nossos universitários.
Apesar de todos os problemas de nossa ´pátria madrasta vil´, nesse momento de crise econômica mundial, estamos nos saindo melhor do que a maioria do primeiro mundo.

Anônimo disse...

Em função do comentário anônimo que se refere ao meu, é bom esclarecer que ensino universitário público pago nada tem a ver com "Welfare State", tem a ver com o liberalismo.

O Estado do Bem-Estar Social, em inglês Welfare State, também conhecido como Estado-providência, é um tipo de organização política e econômica que coloca o Estado como agente da promoção protetor e defensor social e organizador da economia. Nesta orientação, o Estado é o agente regulamentador de toda vida e saúde social, política e econômica do país em parceria com sindicatos e empresas privadas, em níveis diferentes, de acordo com a nação em questão. Cabe ao Estado do bem-estar social garantir serviços públicos e proteção à população.

Os Estados de bem-estar social desenvolveram-se principalmente na Europa, onde seus princípios foram defendidos pela social-democracia, tendo sido implementado com maior intensidade nos Estados Escandinavos, ou países nórdicos, tais como a Suécia, a Dinamarca e a Noruega e a Finlandia), sob a orientação do economista e sociologista sueco Karl Gunnar Myrdal.

Ironicamente Gunnar Myrdal, um dos principais idealizadores do Estado de bem-estar-social dividiu, em 1974, o Prêmio de Ciências Econômicas, Prêmio Nobel, com seu rival ideológico Friedrich August von Hayek, um dos maiores defensores do livre mercado, economista da Escola Austríaca.

Esta forma de organização político-social, que se originou da Grande Depressão, se desenvolveu ainda mais com a ampliação do conceito de cidadania, com o fim dos governos totalitários da Europa Ocidental (nazismo, fascismo, etc.) com a hegemonia dos governos sociais-democratas e, secundariamente, das correntes euro-comunistas, com base na concepção de que existem direitos sociais indissociáveis à existência de qualquer cidadão.

Pelos princípios do Estado de bem-estar social, todo o indivíduo teria o direito, desde seu nascimento até sua morte, a um conjunto de bens e serviços que deveriam ter seu fornecimento garantido seja diretamente através do Estado ou indiretamente, mediante seu poder de regulamentação sobre a sociedade civil. Esses direitos incluiriam a educação GRATUITA, em todos os níveis, a assistência médica, o auxílio ao desempregado, a garantia de uma renda mínima, recursos adicionais para a criação dos filhos, etc.

Portanto, ENSINO UNIVERSITÁRIO PÚBLICO PAGO NADA TEM A VER COM "WELFARE STATE", mas com liberalismo.

Quanto às desigualdades sociais, é bom ressaltar que é de consenso que a IGUALDADE ABSOLUTA é praticamente impossível, porque Deus faz as pessoas diferentes e os resultados dessa intervenção divina sempre serão diferentes. Num futuro muito longinqüo (milênios) talvez a Humanidade chegue perto disso.

Atualmente, o Japão tem 92% de sua população situada na classe média, o que pode-se dizer que os japoneses conseguiram fazer um "socialismo" através do capitalismo. Mas os japoneses tem uma cultura própria, que exige grandes sacrifícios que os ocidentais não estão dispostos a fazer.

Quanto às desigualdades nos Estados Unidos, é bom fazer outro esclarecimento. Os EUA iniciaram a sua colonização anglo-saxônica em 1695. O Brasil iniciou a sua em 1501. Apesar disso, os americanos formam uma sociedade muito mais rica. Só para se ter uma idéia, o patrimônio líquido deles está em 51 trilhôes de dólares, enquanto os brasileiros têm um patrimônio líquido de mais ou menos 3 trilhões de dólares, ou seja, 17 vezes menos.

É como se um brasileiro tivesse, na média, uma residência de 100.000 dólares e um americano uma mansão de 1.700.000 dólares. Mesmo com essa crise americana, depois que ela passar, eles continuarão ricos e os brasileiros serão considerados classe média, média baixa.

Voltando às desigualdades, os EUA recebem o maior número de imigrantes legais em todo o mundo. Estima-se que, entre 1820 e 1990, o país recebeu 57 milhões de imigrantes oficiais, sendo que, um em cada 76 habitantes, é imigrante ilegal. Apenas em 1976, até setembro, policiais americanos detiveram 1.615.854 pessoas na fronteira com o México. Por outro lado, o México rgistrou o mais alto índice de emigração (Guiness Book).

Somente na década de 1990, mais de 6 milhões de pessoas de várias nacionalidades atravessaram o muro que divide o México com o país vizinho do norte. Isso obrigou aos americanos construir um longo muro para dividir a fronteira. Já com o Canadá, que possui a mesma cultura, não há um só tijolo como barreira.

Em vez de os Mexicanos procurarem copiar o modelo liberal americano, preferem procurar emprego nas terras do Tio Sam. O mesmo faz Cuba.

O Canadá é considerado um dos cinco países com a maior qualidade de vida do planeta (os outros são Noruega, Islândia, Finlândia e Suíça), com a mesma cultura anglo-saxônica dos americanos, e eles só mantêm esse status por causa do rigorosíssimo inverno, o mesmo dos outros países com alta qualidade de vida, o que afasta as correntes imigratórias de pessoas oriundas de países subdesenvolvidos.

O Alasca, estado confederativo que pertence aos americanos, tem elevado IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) por causa disso.

(A CONTINUAR)

Lincoln Scorsoni

Anônimo disse...

Circula há mais de 7 anos na internet um texto muito interessante, diz ele:

"A DIFERENÇA ENTRE PAÍSES POBRES E RICOS NÃO É A IDADE DO PAÍS

Isto pode ser demonstrado por países como Índia e Egito, que têm mais de 2.000 anos e são pobres. Por outro lado, Canadá, Austrália e Nova Zelândia, que há 150 anos eram inexpressivos, hoje são países desenvolvidos e ricos.

A DIFERENÇA ENTRE PAÍSES POBRES E RICOS TAMBÉM NÃO RESIDE NOS RECURSOS NATURAIS DISPONíVEIS

O Japão possui território limitado, 8O% montanhoso, inadequado para a agricultura e a criação de gado, mas é a segunda economia mundial. O país é como uma imensa fábrica flutuante, importanto matérias-primas do mundo todo e exportanto produtos manufaturados. Outro exemplo é a Suíça, que não planta cacau mas tem o melhor chocolate do mundo. Em seu pequeno território, cria animais e cultiva o solo durante apenas quatro mêses do ano. Não obstante, fabrica laticínios da melhor qualidade. Apesar de pequeno, é um país que passa a imagem de segurança, ordem e trabalho, o que o transformou na caixa forte do mundo.

EXECUTIVOS DE PAÍSES RICOS QUE SE RELACIONAM COM SEUS PARES DE PAÍSES POBRES MOSTRAM QUE NÃO HÁ DIFERENÇA INTELECTUAL SIGNIFICATIVA

A raça ou a cor da pele não são importantes: imigrantes rotulados de preguiçosos em seus países de origem são a fôrça produtiva de países europeus ricos.

ENTÃO, QUAL É A DIFERENÇA? (???)

A diferença é a atitude das pessoas, moldada ao longo de séculos pela educação e pela cultura. Ao analisarmos a conduta das pessoas nos países ricos e desenvolvidos, constatamos que a grande maioria segue os seguintes princípios de vida:

1 - A ética, como princípio básico
2 - A integridade
3 - A responsabilidade
4 - O respeito às leis e regulamentos
5 - O respeito pelo direitos dos demais cidadãos
6 - O amor ao trabalho
7 - O esforço pela poupança e pelo investimento
8 - O desejo de superação
9 - A pontualidade

NOS PAÍSES POBRES, APENAS UMA MINORIA SEGUE ESSES PRINCÍPIOS BÁSICOS EM SUA VIDA DIÁRIA

Não somos pobres porque nos faltam recursos naturais ou porque a natureza foi cruel conosco. Somos pobres porque nos falta ATITUDE. Nos falta vontade de cumprir e ensinar esses princípios de funcionamento das sociedades ricas e desenvolvidas. Esse é o Segredo das Nações."

Aristóteles já dizia, 2.400 anos atrás, que "não existe felicidade sem esforço". Como diz uma música da Rita Lee "dondoca é uma espécie em extinção", graças a Deus.

Dito isto, vemos que o esforço e a boa vontgade é que resolvem os problemas do ser humano. Ficar esperando que os astros resolvam os seus problemas é o caminho mais curto para ir direto ao encontro deles. As desigualdades sociais resultam muito dessa premissa.

O fato de os Estados Unidos da América terem um elevado número de milionários e bilionários não quer dizer de forma absoluta que eles têm enormes desigualdes sociais; quer apenas dizer que um número muito reduzido de pessoas em relação ao total de sua população conseguiu se capitalizar com maior sucesso que a maioria absoluta de sua sociedade.

Se essa concentração de poder e riqueza excluísse todos os demais habitantes daquele país, a Suíça poderia ser considerada um país injusto e desigual, porque é lá que está uma gigantesca montanha de dinheiro depositada em seus cofres, que possuem a mais alta credibilidade planetária em questões de segurança financeira.

O fato de os Estados Unidos terem grande número de pobres não quer dizer que sejam culpa deles, a pobreza lá, em sua maior parte, é importada.

O Brasil sim pode ser considerado o país com as mais brutais desigualdades sociais do mundo, já que a ONU considera dois países africanos (República Centro-Africana e Suazilândia) como os mais injustos e desiguais do planêta. Só que a República Centro-Africana tem uma população de de 4.500.000 habitantes, mais ou menos a população da zona leste de São Paulo, e a Suazilândia tem menos de 1.200.000, pouco mais que a cidade de Campinas, em São Paulo.

Esses dois países africanos se revezam nesta inglória lista com outros países da região, como Somália, Nigéria, Zâmbia e Zimbábue, entre outros. Mas é bom deixar claro que as economias desses países são primitivas, com baixíssima renda per capita, o que não é o caso do Brasil. As desigualdades lá ficam mais restritas aos seus políticos e déspotas concentradores de poder do que pela grande quantidade de empresas e profissionais liberais bem sucedidos.

Por aí, pode-se notar que o nosso país é o campeão mundial das desigualdades e que não é com assistencialismo que iremos resolver esse problemão. Isso passa pela auto-estima. Os americanos são invejados e odiados por sua auto-confiança, enquanto os que os idolatram ou os invejam são fortemente identificados por sua auto-piedade.

O "Welfare State" no Brasil é uma grande mentira, e sua maior desgraça.

O Brasil é um país riquíssimo naquela parte em que Deus criou e que Ele administra, mas ainda não é rico, nem passa perto disso, na questão do seu povo.

Para que revertamos esse quadro, é bom pensar sempre no Japão, com seus recursos natuais limitados. O Japão é um país pobre com povo rico; o Brasil é um país rico com povo pobre.

Gradativamente, estamos melhorando, mas os passos ainda são de tartaruga esperta. É preferível que andemos nos passos de uma lebre um pouco sonolenta, mas o ideal é corramos como um guepardo agitadíssimo.

Não se iludam, A FILA ANDA!
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Lincoln Scorsoni
São Paulo/SP

artebarro disse...

Clarice é linda e muito talentosa, parabéns Beth pelo bom gosto do bloq e seu conteúdo. Adorei poder deixar esta mensagem para duas jovens que representa o futuro do Brasil. Anselmo Mourão.'.

Anônimo disse...

Clarice,também curso Direito e entendo as suas frases, o povo brasileito desconhece seus direitos. Mas essa redação não teria que ir pra UNESCO, mas sim para o CONGRESSO NACIONAL, CAMARA DOS DEPUTADOS, SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL E PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA.
Porque a UNESCO não vai mudar em nada esse quadro brasileiro.
E por mais que fale-se do Brasil, entre nas pequisas mundiais e veja qual é a melhor saude do mundo.
Ainda que pareca absurdo é o SUS BRASILEIRO dentre outras qualidades que essa terra maravilhosa traz.
Mas que ainda pode ser bem melhor se os eleitos pelo povo quiserem.

Heloisa disse...

Gostei muito.
Indiquei e coloquei a redação no blog da escola em que leciono e seu endereço no meu blog. Parabéns pela materia. Chega de tampar o "sol com a peneira".

Abraço

Heloisa

jack ( Salvador - Bahia) disse...

Parabéns Lincoln Scorsoni, muito bem fundamentada, é cediço que muita gente fala e escreve sem balizamento

José Luiz disse...

É muito fácil falar mal seja lá do que for! Contudo, a dançarina e outros que vêem nos caminhos fáceis a solução para descarregar veneno, precisam ver o Brasil como um todo. Afinal, será nosso País um derrotado? O povo é um derrotado, a tal ponto de necessitar dessa moça aí para defendê-lo? O pior é que a redação esta cheia de erros de Português (há tantos anos atrás... Há já é pretérito!!!) e cheia de ausências!!! Por exemplo, quando a escriba falou do que interessa, explícito no título? Quando apresentou alguma solução. exceto a tal revolução? Parece redação feita de retalhos colados e de qualquer péssimo aluno do ensino fundamental! Sinto muito.

a) José Luiz.
jl.show@hotmail.com

Anônimo disse...

Em palavras simples, ela descreveu o Brasil, despertando assim, em nos brasileiros, a vontade de fazer algo, pressionar os Politicos, afinal de contas a População é a Maioria, não nos acomodamos, e não deixaremos destruir o nosso Pais.

Anônimo disse...

Clarice Zeitel, parabéns, mostrou a sua performace, fazendo bailar com suavidade as palavras, o que muito de nós, sufocados, pensam, mas raros aqueles que falam e que escrevem. Por muitas vezes me vi, na sua leitura, não só a mim, mas muitos dos meus irmãos, que nessa PÁTRIA, nada Gentil, fazendo dos filhos deste um sofredor, um execrado. Mais ainda acredito que possamos mudar, para melhor, e iremos. Você e como outros que falam dessa "MÃE" em prosa, verso e em cantigas, nos fazem crescer e sonhar que essa TERRA, poderá ser abençoada, modificada, melhorada sempre.
Abraços Pedro.

Unknown disse...

Eu amo meu país, fico arrepiada ao cantar (eu sei, aprendi pequenininha) o Hino Nacional, mas a menina Clarice expôs muito bem a triste realidade!
Eu poderia, como muitas avós, ficar em casa tricotando, ou fazer como fiz: Atravessar a cidade diariamente, de moto, após um longo dia de trabalho, ir para a universidade, muitas e muitas vezes sob a chuva torrencial que ocorre no Mato Grosso, durante 06 meses.... E continuo lutando, tentando fazer minha parte SEM APOIO DE NINGUÉM, boba eu, quem tem interesse em "matar a galinha, quero dizer, o mosquito de ovos de ouro"???
Este é o incentivo que recebo no meu país, ao meu esforço em estudar e pesquisar uma patologia que está matando muita gente! Ah, sim, quando terminei a faculdade meu salário aumentou R$ 80,00!
Ah, o Brasil investiu muitos dólares para a viagem ao espaço, de um brasileiro, que sequer sabia o que fazer cá embaixo e lá no alto foi fazer experiências com sementinhas, coisas que aprendi no 2º ano primário!
Parabéns a Clarice pela coragem de questionar o que ocorre em nosso país! Em meu artigo "Deitado em berço esplêndido" eu tento 'acordar' o brasileiro que morre de dengue e poucos questionam o que está 'por trás' desta doença, o governo federal destina bilhões para combater a doença e este dinheiro vai para onde? Já disse que elege de vereador até presidente da república... Pois bem: Sou uma avó inconformada com isto tudo, prestei vestibular na Universidade Federal de Mato Grosso E PASSEI, EM PRIMEIRO LUGAR... Grande coisa... Estudei em velhos livros nas madrugadas de plantão no Pronto Socorro para fazer as provas, no ano da conclusão, 2002 fui para o Rio de Janeiro, com 'a cara e a coragem' sem dinheiro, sem bolsa de estudos e sem conhecer ninguém, para fazer especialização em Entomologia Médica (estudar insetos vetores patogênicos) sabe o que ‘brasileiros bonzinhos’ tentaram fazer comigo? ME EXONERAR!!! Sou funcionária publica CONCURSADA, nunca tive 'padrinhos ou tios bonzinhos' para conseguir cargo... Fui afastada do deptº da Dengue, onde trabalhava e posso afirmar: Quem não tem competência tem medo, decerto pensavam que eu poderia "tomar o cargo"... Passei longos cinco anos cobrando IPTU, de castigo! Este ano voltei para a trabalhar na saúde e daí?

Debora Araújo disse...

Cada vez que vejo notícia positiva sobre situações do meu país Brasil fico imensamente feliz, porque Brasil somos nós, amados ou odiados e esta redação me lembra de Martin Luter |King-n preocupo-me com os bons que se calam

Anônimo disse...

Essa PTzada do diabo tinha que morrer tudo queimado na fogueira da inquisição! Meu... se enxerga, guria... vai rebolar o quadril que é o que você sabe fazer bem!

Anônimo disse...

Nossa! minha gente...tantos comentários sem fundamento por causa de uma simples redação onde não apresenta nada de inovador e nada que o povo brasileiro, por mais rude que seja, não saiba, a não ser um desabafo pra lá de democrático da estudante e que se foi premiada teve lá seus méritos e nunca saberemos quais métodos foram aplicados para ser selecionada.Chego a crer que a falta de criatividade não só faz parte do Brasil como do mundo globalizado, imaginem as outras redações?? Porém parabenizo a jovem pela coragem de expor sua pátria ao mundo (não deve ser novidade)de maneira sutil

Marisa Carvalho disse...

Clarice tem muito o que aprender, isso é fato. Vivemos em um pais complexo economicamente e socialmente com muito a ser discutido, debatido. Boa ou não a redação, o grande significado é o a releitura que nossos estudantes fazem do pais num contexto geral, no contexto de suas opiniões, como futuros profissionais que serão. O importante é ter opinião. Parabéns Clarice e a Unesco pelo incentivo aos nossos estudantes.

Anônimo disse...

Muito facil descer a lenha no país que é seu próprio berço. O difícil mesmo é fazer sua parte para melhorar. A corrupção e grande e a desigualdade, mas a proposta do tema, pelo que entendi era dar uma idéia de como resolver problemas de desigualdade social que vem se arrastando por várias gerações.

Anônimo disse...

Eu amei a redação... um lindo desabafo.
Fiz até uma apresentação em PPS com ela. Ficou linda... todos gostaram muito.
Obrigada! Abraços!

Juliana Ramires ghgf disse...

Amei a redação...
Até fiz um PPS com ela e todos que receberam gostaram muito.
Obrigada... abraços!

Renata disse...

Essa moça deveria saber um pouco mais sobre ser Madrasta... Conheço madrastas que são mais que mães. Posso dar N exemplos. Conheço uma que acompanha o enteado com um osteossarcoma, há meses fora da casa dela, numa casa de apoio, ajudando o enteado que ama como se fosse filho.
Conheço outras que criam seus enteados(as) cujas mães fazem o papel da "visita"...
Foi politicamente incorreto o uso da palavra.
Deveria não só estudar e dançar, mas se inteirar das realidades.
Porque nada garante a ela que o homem por quem ela se apaixone e queira casar, já não venha com filhos na bagagem.
E aí?
Será ela a madrasta vil?
O peso da palavra é grande.
Abraço

Renata B V Del Moro, dona da comunidade do Orkut "Madrasta não, somos boadrastas!

Anônimo disse...

Simplesmente não há como entender, o porquê de certas pessoas, postarem comentários tão absurdos, perante uma redação premiada mundialmente, de tamanha significância, como a dessa mulher.
Uma resposta breve para alguns comentários, defendendo a autora do texto, é que o termo "madrasta" dito no texto como metáfora, é uma forma dela se dirigir ao Brasil, e da mesma forma, ao modo que todos nos brasileiros vivemos atualemente. Penso que Clarice soube se colocar muito bem ao decorrer de sua redação, deixando seu ponto de vista bem nítido, e deixando o ponto de vista de muitos que concordam com esse texto no mesmo olhar!
Parabéns! Redação digna de premiação!

Mariana disse...

"Eu acredito profundamente que só uma revolução estrutural, feita de dentro pra fora e que não exclua nada nem ninguém de seus efeitos, possa acabar com a pobreza e desigualdade no Brasil."

Onde que se admite em redação usar primeira pessoa do singular? expressando opinião! 'eu acho, eu penso, eu acredito...' só ganhou pq é famosa.