quinta-feira, 8 de abril de 2010

No passado, estão as respostas…

 

A lindissima bloguera Menina do Rio colocou um texto no meu scrap de orkut onde, ao final, dizia assim: “Cada casa que desaba é um sôco na nossa consciência. Ou deveria ser...”

Esse final de um texto, não me fez refletir em nada. Talvez não traga, dentro de mim, sôcos em minha consciência de cidadã cumpridora de meus deveres e pagadora de meus impostos – trago pesares. Mas gostei desse finalzinho com reticências. É àquela velha lacuna a ser cumprida socialmente não sei em que, com o que e para que. Um dia, quem sabe, o passado me dê alguma resposta.

Enquanto isso, vale lembrar que a solidariedade é a única arma que temos nesse momento de crise, de vidas perdidas e futuras brigas políticas que não levarão a nada. Dificil prever um futuro com tantos erros passados.

No Estado do RJ, o Portal G1 (clique para saber como ajudar), traz os postos que estão recebendo donativos para os desabrigados. Cooperem. É o minimo que podemos fazer nesse momento. O resto? É questão de educação e cidadania. E para tudo o que vem acontecendo há apenas três respostas: descaso das autoridades, acomodação da população, falta de educação na questão do lixo nas ruas, encostas, rios. E para esse último, uma citação de Alexandre Garcia, no Bom Dia Brasil.

“As pessoas jogam lixo dos carros, das bolsas, da boca, imaginando que lixo é coisa para gari. Não é. Lixo é tarefa da cidadania. Civilizado não joga lixo no chão. As cidades civilizadas são tão limpas como a sala de visitas da casa da gente. Sabemos que assim como cabelo na pia entope o ralo, o lixo na rua entope o bueiro. Bueiro entupido é rua alagada quando chove. Por isso, a civilidade é inteligente: não coloca lixo na rua. E não tem alagamento.”

Aqui ainda chove. E, neste exato momento, no meu bairro suburbano, chove muito. Não tem trovões, raios…apenas chuva, muita chuva. E com a chuva chega o sentimento de pesar do que ainda vai ocorrer com tantas outras familias que por opção ou por falta dela, ainda insistem em fincar seus alicerces na areia, nas varzeas, no nivel do mar ; mas também vem o desejo de que tantos ainda consigam retornar para suas casas…mesmo que para isso demore algumas horas – assim como foi para mim em um canto da cidade, para benhê em outro canto da cidade, para amigos em cada canto da cidade e para tantos outros, na última e fatidica segunda-feira.

Sorte e Cautela para todos nós. Solidariedade para quem tanto precisa.

2 comentários:

Sandra disse...

Beth você é minha fada madrinha. Valeu garota. E a última do nosso querido prefeito? Totalmente a favor do Decreto e você?

ABB disse...

Eu continuo dizendo que o lixo nos bueiros é uma coisa, e a quantidade de chuva é outra.

Se lixo jogado na rua, nos bueiros provocasse chuva, nós do nordeste teriamos mais chuvas, mas, não! Nós temos seca, e sofremos com os lixões e os lixos nas ruas e em lugares indevidos.

Certos alagamentos são provocados por bueiros entopidos, mas, outros é pela quantidade de água. E alagam lugares que fizeram casas e moradias aonde não deveriam terem feito.

As baixas e as margens dos rios pertencem a eles. Um dia o povo aprende, e as autoridades também.

Por outro lado, tais evento corrobora com a minha teoria de que eles deixam acontecer isto para controlar a quantidade de humanos no mundo.