sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

O vilão do verão em dose dupla

dengue

O vilão do verão tem um só nome e transmite duas doenças que estão deixando os brazucas meio que preocupadinhos. Não adianta nem dizer que um está tirando a atenção do outro, pois seu nome é um só: AEDES AEGYPTI.

O vilãozinho é o transmissor da Dengue, da Dengue Hemorrágica e da Febre Amarela.

Mas vamos falar da febre amarela? Afinal, virou de norte a sul uma corrida aos postos de saúde sem tanta necessidade.

Informações sobre a Dengue, que é um dos principais problemas de saúde pública no mundo, está muito bem descrito no site da Fiocruz e Ministério da Saúde. Não deixem de visitar e tirar as suas dúvidas.

Para as crianças tirarem suas dúvidas sobre dengue e febre amarela, o Congresso Nacional disponibiliza há três anos o Portal Plenarinho que, numa linguagem própria e apropriada aos menores, informa e instrui, fazendo com que os mesmos possam levar tais informações aos amiguinhos e escola. Aliás, há um espaço no Portal Plenarinho destinado aos professores.

Febre Amarela:

Existem dois tipos diferentes de febre amarela: a urbana e a silvestre. A principal diferença é que nas cidades, o transmissor da doença é o mosquito Aedes aegypti, o mesmo da dengue.

Como a doença acontece?

O nome febre amarela surgiu porque a lesão no fígado leva à icterícia, que dá uma tonalidade amarelada à pele do paciente.

O pico da viremia ocorre em 5 a 6 dias, e o pico de mediadores inflamatórios ocorre após uma semana. A liberação desses mediadores inflamatórios é que causa o quadro clínico semelhante a um episódio de gripe. A doença causa hemorragias em fígado, rins e estômago, o que pode levar a vômitos com sangue. A desidratação e a lesão renal podem levar à insuficiência renal. No coração, a doença pode causar uma miocardite com insuficiência cardíaca e arritmias. As hemorragias se devem à lesão do fígado, órgão que produz os fatores de coagulação, e a alterações das plaquetas e da parede dos vasos (endotélio).

Há uma imunidade heteróloga, ou seja, quem já teve dengue pode ter uma proteção parcial à infecção pela febre amarela. A doença é mais grave em pessoas jovens e idosos.

Prevenção

O ideal é se vacinar com dez dias de antecedência para que o organismo tenha tempo de produzir anticorpos. O Ministério da Saúde, desde 1998, está intensificando a vacinação contra febre amarela (anti- amarílica), que está incluída no Calendário de Vacinação. A vacinação está prevista para crianças a partir de 9 meses de idade. A vacina é gratuita e está disponível exclusivamente na rede pública.

A vacina é contra-indicada a gestantes, imunodeprimidos (pessoas com o sistema imunológico debilitado) e pessoas alérgicas a gema de ovo.

A vacina da febre amarela não deve ser aplicada em toda população. Como há risco de efeitos colaterais, ela só deve ser aplicada em pessoas que moram ou viajam para áreas de risco. A febre amarela urbana já foi erradicada, portanto, não há motivos de desespero e corridas desenfreadas aos postos de saúde, pois a prioridade deve ser daqueles que moram ou viajam para lugares onde a incidência da doença é grande. Aliás, esse procedimento de vacinação sempre foi adotado e não é de hoje. Todo viajante que vai para lugares onde há a incidência de febre amarela têm que tomar a vacina e a eficácia da vacina é de dez anos, sendo desnecessário tomá-la o tempo todo.

Onde se corre risco de pegar febre amarela?

No Brasil, os locais de risco são as regiões de matas e rios das seguintes regiões: todos os Estados da Região Norte e Centro-Oeste, bem como parte da Região Nordeste (Estado do Maranhão, sudoeste do Piauí, oeste e extremo-sul da Bahia), Região Sudeste (Estado de Minas Gerais, oeste de São Paulo e norte do Espírito Santo) e Região Sul (oeste dos Estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul).

Em tempo, o site do Ministério da Saúde disponibiliza para a população boletins diários sobre a Febre Amarela, justamente para dirimir quaisquer dúvidas em relação a possibilidade de epidemias.

No mais, em tempos de febra amarela, não deixem de atentar para a dengue, pois essa vitima também, não têm vacina, tem ares de epidemia e nunca deve deixar de ser descuidada em qualquer época do ano. O mosquitinho vilão tem hábitos diurnos.



Fontes utilizadas no texto: Ministério da Saúde, Fiocruz, Plenarinho

2 comentários:

Letícia Losekann Coelho disse...

Super informativo teu post!!
beijos bom final de semana

Anônimo disse...

E quem é que transmite? O Aedis Egipts!!! ha ha ha hah ah a kkkkkkkkk sei como é que é!!! kkkkkk